"... Não, não me revejo neste Portugal e digo porquê. Eu não sou dado - talvez seja a primeira vez que vá falar numa pessoa - a ataques pessoais mas tenho necessidade de pedir ás pessoas que façam o favor de pensar. Vou tão somente falar de uma pessoa: Aníbal Cavaco Silva. Que foi primeiro-ministro deste país quando entravam vagões de dinheiro e nunca o ouvi dizer " Este dinheiro tem que ser pago"! Quando era primeiro-ministro, as nossas pescas foram vendidas a pataco, a nossa industria quase desapareceu, e o País tornou-se um caso curioso: um barco onde tudo o que estava a bombordo passou para estibordo. Encostámo-nos ao litoral e o barco está todo adornado - parece poder virar qualquer momento. Não satisfeito com isso, os portugueses elegeram-no de novo para presidente da República e ele, neste estatuto, além de se calar quando deve falar - mas só fala de economia - disse num determinado momento: " É preciso olhar para o mar. É preciso que as pessoas voltem para o campo. " E eu ouvi isto " Este homem está-me a gozar!" É tão fácil bater em Guterres, em Santana Lopes, em Durão Barroso ou em Sócrates. Não quero centar-me numa pessoa e dizer " Eis aqui o bode expiatório disto tudo" pretendo é alertar os portugueses que têm esta tendência para ter um paizinho, só que precisamos é de ter paizinho sério. E merecemos mais do que este homem, que foi primeiro-ministro e que é Presidente da República. ..." Diário de Notícias 28.08.11
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