terça-feira, 30 de agosto de 2011

Mário de Carvalho num 31 em Agosto

Photo Orlando Almeida

"... Lembra-se de Lenine?... Ele dizia que não há revolução sem teoria revolucionária, e tinha razão. Durante a Revolução Francesa, havia uma forte componente ideológica por parte das pessoas que tinha lido Rouseau; na revolução Russa, também avia uma teoria e até um partido revolucionário. Sem teoria revolucionária há apenas tumultos e não existe a vontade de passar a um outro estádio, o de construir uma sociedade melhor. É apenas uma vontade de vociferação ou como no caso que aconteceu em Inglaterra e em França, há uns anos, uma situação que pode levar ao desespero. É como o que está a acontecer no Egipto que é desolador. ..." Diário de Notícias 30.08.11

Francisco Moita Flores num 31 em Agosto

Photo Orlando Almeida

"... Não sei, desconheço todo o debate sobre a regionalizção. Mas sei que, isto com os olhos mais sociológicos do que os da política, que este rio-o-Tejo não é um rio que une, é um rio que divide mesmo. Do lado de lá do rio que passa em Santarém, é completamente diferente a economia, a escala de produção e de riqueza. A coesão territorial entre a margem esquerda e direita é completamente diferente. A margem esquerda tem o proletariado rural muito forte e uma dispersão de serviço, enquanto esta margem direita possui as grandes centrais de distribuição e plataformas logísticas, serviços e turismo. E se um dia houver regionalização não me surpreende que o Tejo seja uma linha administrativa. ..." Diário de Notícias 29.08.11

domingo, 28 de agosto de 2011

Carlos do Carmo num 31 em Agosto

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"... Não, não me revejo neste Portugal e digo porquê. Eu não sou dado - talvez seja a primeira vez que vá falar numa pessoa - a ataques pessoais mas tenho necessidade de pedir ás pessoas que façam o favor de pensar. Vou tão somente falar de uma pessoa: Aníbal Cavaco Silva. Que foi primeiro-ministro deste país quando entravam vagões de dinheiro e nunca o ouvi dizer " Este dinheiro tem que ser pago"! Quando era primeiro-ministro, as nossas pescas foram vendidas a pataco, a nossa industria quase desapareceu, e o País tornou-se um caso curioso: um barco onde tudo o que estava a bombordo passou para estibordo. Encostámo-nos ao litoral e o barco está todo adornado - parece poder virar qualquer momento. Não satisfeito com isso, os portugueses elegeram-no de novo para presidente da República e ele, neste estatuto, além de se calar quando deve falar - mas só fala de economia - disse num determinado momento: " É preciso olhar para o mar. É preciso que as pessoas voltem para o campo. " E eu ouvi isto " Este homem está-me a gozar!" É tão fácil bater em Guterres, em Santana Lopes, em Durão Barroso ou em Sócrates. Não quero centar-me numa pessoa e dizer " Eis aqui o bode expiatório disto tudo" pretendo é alertar os portugueses que têm esta tendência para ter um paizinho, só que precisamos é de ter paizinho sério. E merecemos mais do que este homem, que foi primeiro-ministro e que é Presidente da República. ..." Diário de Notícias 28.08.11

sábado, 27 de agosto de 2011

Mário Nogueira num 31 em Agosto

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"... A questão é se Nuno Crato vai governar ou se vai ser a continuação do que foi Isabel Alçada? Se aquilo que Nuno Crato vai ter de fazer é cumprir as orientações e os desígnios das Finanças? A questão dos cortes na Educação tem a ver com uma coisa tão simples como isto: queremos que as escolas funcionem ou não? Queremos que tenham qualidade ou não? Queremos comparar-nos com a Finlândia ou não? É que na Finlândia quando a escola tem 600 alunos é considerada um problema e divide-se em duas. Em Portugal quando tem 600 alunos, agrupa-se a outras para dar 3000 e ficar mais barato. Na Finlândia, procura-se que os professores tenham estabilidade no local de trabalho, em Portugal temos mais de 30% de contratados e de precários nas escolas. ..." Diário de Notícias 27.08.11

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Maria josé Morgado num 31 em Agosto

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"... "Foste intolerável com a corrupção com os cobardes e oportunistas" Nessa parte nós éramos os dois muito iguais. Estivemos juntos sempre desde que nos conhecemos e até que a morte nos separou. E esse era um cimento também que nos unia. A morte é sempre um fim que que se transforma num princípio também, paradoxalmente. Porque, a partir daí, temos de reiniciar. É como um rebobinar da história e um recomeçar para não esquecer e manter a chama viva. ..." Diário de Notícias 26.08.11

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Antonio Carvalho da Silva num 31 em Agosto

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"... Não sabemos qual é a dimensão da crise, nem quando vão surgir as alternativas, só sabemos é que, se há crise vai haver saída. Há muito a tendência de dizer, de forma simplista, que a crise é um momento de oportunidade. Creio que é preciso corrigir isso basta citar um monge italiano que, ao fazer no título uma referencia à bíblia, afirma que "os tempos de crise são dias maus". O que acaba por impulsionar as saídas é aquilo a que Bento Jesus Caraça chamava o despertar da alma colectiva. É uma reacção em que o colectivo toma consciência de que não pode ir por aqui e tem uma atitude que pode ser de reforma ou de ruptura. Uma coisa eu posso dizer, é que ao longo da História sempre que a sociedade está a caminho do descalabro, os trabalhadores e os sindicatos levam porrada de criar bicho. ..." Diário de Noticias 25.08.11

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

João Lobo Antunes num 31 em Agosto

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"... Não, não vou facilitar nada. O ministro da Saúde, que conheço e respeito muito, é um homem com sentido das dificuldades económicas do País e tem que encontrar os profissionais de saúde sem afectar os cuidados que se prestam. Temos que assumir uma consciência, como cidadãos, de que estamos solidariamente neste barco que mete água e que estamos a tirá-la cá para fora porque não queremos ir para o fundo. ..." Diário de Notícias 24.08.11

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Anselmo Borges num 31 em Agosto

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"... Costumo dizer que verdadeiramente religioso só aquele que é místico. Quando falamos da religião, de que é que falamos? Falamos da religião sempre com interesses políticos de geoestratégia ou económicos? Então ai já temos a religião exactamente nessa confusão.Por isso, verdadeiramente religioso é o místico. Porquê? Porque chegou aí depois, de derrubar todos os ídolos e, neste sentido diria que só pode ser verdadeiramente crente o que passou pelo ateísmo, no sentido de ter deitado abaixo todos os ídolos. ..." Diário de Notícias 23.08.11

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

António Mega Ferreira num 31 em Agosto

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"... Há um fatalismo tradicional, e a imagem que temos de nós próprios, historicamente, é tendencialmente negativa, com algumas excepções. De vez em quando temos uns ataques de euforia e achamos que somos imediatamente os melhores do mundo. Não somos, estamos muito longe de ser os piores. Esse fatalismo e essa forma muito negativa tem de ver com a nossa própria periferia geográfica . ..." Diário de Notícias 22.08.11

domingo, 21 de agosto de 2011

Alexandra Lencastre num 31 em Agosto

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"... Vou revelar um segredo: se pudesse, eu já não era actriz há muito tempo. Talvez nem me tivesse tornado actriz se fosse até ao fim do meu curso de Filosofia, se tivesse encontrado um rapaz que estivesse mesmo ali em frente, na Faculdade de Direito, e tivéssemos tido uma grande paixão e três bebés de seguida. E eu faria teatro no Natal para a família, punha as criancinhas todas a representar enquanto me vestia de de Pai Natal ou de Fada dos Dentes. E ai realizando a minha necessidade de chamar a atenção ou de qualquer coisa que ainda nem sequer cheguei muito a perceber o que é. Ás tantas, uma pessoa começa a trabalhar e deixa de pensar no porquê. Provavelmente vou dizer um sacrilégio, mas trabalho por necessidade - tenho um emprego, que falta a muitos colegas, realizadores e directores -, mas a maior parte das coisas que faço não me dão prazer. ..." Diário de Notícias 21.08.11

sábado, 20 de agosto de 2011

Jaime Nogueira Pinto num 31 em Agosto

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"... Acho que se perdeu uma pessoa que estava na política de um modo muito certo, por princípios. Estava com com grande coerência, com uma grande isenção. Era uma pessoa que dizia sempre a verdade, que distinguia perfeitamente as causas das pessoas que defendiam causas, fazia essa diferença. Foi uma pessoa que tive a sorte de conhecer e com quem tive o privilégio de viver 40 anos. Foi a perda de uma mulher com grande coragem cívica, que não tinha medo, que era independente, que se batia por causas, que tinha um grande sentido cristão e humano de justiça, uma pessoa com uma preocupação de justiça funda e permanente. Com a certeza que a política portuguesa perdeu, perdeu e perdeu muito. Nós talvez tenhamos perdido mais, nós os de casa. De qualquer maneira perdeu-se muito. ..." Diario de Notícias 20.08.11

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dalila Rodrigues num 31 em Agosto

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"... Não são os artistas portugueses que falham, são as políticas culturais, ou a ausência delas. Nunca houve estratégia política assertiva e continuada para a internacionalização da nossa arte. ..." Diário de Notícias 19.08.11

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Rui Ramos num 31 em Agosto

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"... Estamos a pagar por uma preocupação grande que houve no passado, que era sobre a independência da magistratura. Houve sempre grandes receios acerca da politização da Justiça e da interferência do Governo nas decisões dos magistrados. Essa preocupação levou a criar-se aquilo que se chamaria uma espécie de Estado dentro do Estado, isto é, há um domínio reservado dos magistrados, isolado em relação ao resto do Estado e ao resto da sociedade, que os faz - às vezes - serem um pouco insensíveis à dimensão social da justiça. Não é por acaso que há juízes que, aparentemente, não têm noção do tempo nem se apercebem das consequências que tem uma decisão atrasada para a vida dos que são afectados e para a sociedade em geral. ..." Diário de Notícias 18.08.11

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Bagão Félix num 31 em Agosto

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"... Não sou liberal, sou o que poderia chamar social-cristão, e na doutrina social da Igreja há um princípio básico - o da hipoteca social. ou seja, sobre qualquer bem, mesmo que privado, impede sempre uma hipoteca social e uma obrigação de contribuir para o bem comum.
É nesse sentido que não sou liberal! Outros exemplos: a política laboral tem de ter melhor compromisso entre eficiência económica e equidade social - não podem ser o mais fraco na escala social a apanhar a fatia de austeridade mais grave; a ética da austeridade deve ser exemplar e bem distribuída. Há mais exemplos: privatizar as Águas, os CTT e alguns monopólios naturais e de interesse público são ideias com que não comungo. ..." Diário de Noticias 17.08.11

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Irene Flunser Pimentel num 31 em Agosto

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"... Há uma coisa que é normal: a memória só vem ao fim de um tempo. O Governo de José Sócrates não é historia, ainda é matéria de jornalismo, porque o que nos cabe é analisar um período que acabou e não sei se o período de José Sócrates já terminou. Há um novo período que põe em causa tudo o que se fez anteriormente, mas provavelmente está a funcionar em função de... por exemplo, para os historiadores de Portugal na União Europeia, há a data marcante da adesão à Comunidade Económica Europeia, em 1986, mas, daqui a uns anos, poderá ser a saída da União Europeia! ..." Diario de Notícias 16.08.11

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

João Labrincha num 31 em Agosto

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"... Deveria acontecer uma abertura ao diálogo com a população, nomeadamente sobre as medidas que estão a ser impostas do exterior por organizações internacionais, que deveriam ser globalmente discutidas entre todos os cidadãos - que até agora não o são. Aquilo que vemos são medidas previamente decididas fora do País, aplicadas tal e qual foram feitas e sem diálogo com a população. A receita que daria ao governo PSD era falar com a população abertamente, de forma independente e dando toda a informação para que possa haver debate. ..." Diario de Notícias 15.08.11

domingo, 14 de agosto de 2011

Henrique Granadeiro num 31 em Agosto

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"... É um dos complexos portugueses que só nos traz prejuízos. Mas de facto é que 99,9% dos accionistas na assembleia geral votaram o fim da golden share, pelo que não há lugar a duvidas nem estados de alma. Mas uma vez que eliminámos as golden shares, o País tem o crédito de exigir o fim da Europa a várias velocidades em que vivemos. Há vários países da União que mantêm formas de controlo e até de domínio sobre as suas operadoras. esta assimetria injusta favorece os países mais fortes no processo inevitável de consolidação que vem a caminho. Não deixa de ser irónico que a troika tenha imposto à Grécia a venda da sua participação na OTE (telecomunicações gregas). O comprador natural e único é a Deutsch Telekom, que por sinal é detida directamente em 34% pelo Estado alemão. Aquilo que não é permitido ao Estado alemão, o que resulta numa situação, em certa medida, colonial. ..." Diário de Notícias 14.08.11

sábado, 13 de agosto de 2011

Inês Pedrosa num 31 em agosto

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"... Mesmo a "sardinha" Fernando Pessoa precisa de ser bastante mais cozinhada. Não tem havido sensibilidade política para perceber o potencial extraordinário que Fernando Pessoa tem para se tornar uma montra, não só da literatura mas de toda a cultura. Raramente se encontra um escritor tão enraizado e que tenha escrito tanto sobre uma só cidade como ele fez sobre Lisboa. Basta ver o que Kafka fez por Praga! E Kafka não deixo em Praga as marcas que tem Pessoa. ..." Diário de Notícias 13.08.11

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Daniel Oliveira num 31 em Agosto

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"... Não estou a pensar sair do Bloco de Esquerda. Estou lá desde a primeira hora e intervenho. As minhas discordâncias dão com a direcção, e o Bloco não é a sua direcção. As direcções são transitórias, tal como os partidos, por isso tenciono continuar a intervir na vida doBloco de Esquerda e a defender os meus pontos de vista dentro e fora do partido. Não faço juras de casamento eterno, mas também não procuro divórcio a cada minuto. ..." Diario de Notícias 12.08.11

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Fátima Lopes num 31 em Agosto

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"...Eu não vejo televisão há três semanas. Não sei o que passa! Evidentemente. Alberto João Jardim é um político, de que os madeirenses gostam porque tem obra feita. Ninguém lhe pode retirar isso. Pessoalmente, não gosto de ouvir alguns discursos. Acho que nem eu nem a maior parte dos portugueses se revêem nalgumas coisas que são ditas. ..." Diário de Notícias 11.08..11

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

José Miguel Júdice num 31 em Agosto

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"... Todos eles são filhos e netos de Sá Carneiro. Como nas famílias - nem sempre os filhos correspondem ao que os pais gostavam -, há evoluções naturais, e mesmo Sá Carneiro não seria igual ao que era há 30 anos. Há uns anos, fiz uma provocação: se o PS em 80 fosse o que é hoje, muito provavelmente Sá Carneiro era PS e não haveria PSD.
Hoje em dia o PSD e o PS não se distinguem a não ser em nuances. Eu vi o PSD a atacar pela esquerda José Sócrates. Que ideologia é esta? Não me parece que haja ideologia, a não ser no PCP e no CDS. ..." Diário de Notícias 10.08.11

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fernando Rosas num 31 em Agosto

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"... Porque temos tido ao longo da nossa história uma elite e uma oligarquia muito fracas. Tivemos três grandes oportunidades históricas de muito dinheiro: os fundos da Índia do século XVI - delapidados por uma oligarquia dominada pela aristocracia e pela ausência de burguesia que soubesse multiplicar os rendimentos da pimenta e das especiarias; tivemos no século XVII o ouro e os diamantes do Brasil - foi a Mafra do D. João V, ainda que tivesse aparecido o Marquês de Pombal, um grande estratega da modernização económica, mal-grado a desgraça das invasões francesas; e tivemos a Europa e os fundos estruturais europeus - que chegaram a dar um milhão de contos por dia. ..." Diário de Notícias 09.08.11

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Alice Vieira num 31 em Agosto

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"...Escreve-se muito! Entra-se numa livraria - como dizia o Borges: " Tanto livro que eu nunca hei de ler "- e fico pasmada. Acho que se publica demais; que se publica tudo. E fica difícil distinguir o livro que é bom daquele que não é. Há mesmo uma overdose de livros - o que não é muito salutar - , para além de que se editam coisas muito más, a que se dá muita visibilidade, e coisas boas,de que não se fala. Ou seja, a literatura portuguesa está a atravessar uma época em que se escreve tudo da mesma maneira. ..." Diário de Notícias 08.11.11

domingo, 7 de agosto de 2011

Miguel Sousa Tavares num 31 em Agosto

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"... Só vejo o Presidente falar pós factos consumados, a fazer análise e constatações óbvias. Agora alerta contra as agências de rating, mas há seis meses era para que não fôssemos contra elas, porque estavam a fazer o seu trabalho. A sua capacidade de previsão - que se está sempre a auto-elogiar! - é muito curta. ..." Diário de Notícias 07.08.11

sábado, 6 de agosto de 2011

José Gil num 31 em Agosto

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"... Os portugueses - têm medo da vida deles; têm medo de desencadear vida neles; têm medo de ultrapassar uma regra, uma norma que possa ser para um risco e comportar um um risco ou um excesso. Há uma normalização que é uma espécie de principio de vida e que implica uma série de inibições voluntárias e involuntárias na vida dos portugueses. Acho que se arrisca pouco em todos os planos e que se não arrisca não se faz nada. eu não gosto de citar grandes nomes, mas há uma frase se Wittgenstein que dá a medida disto: " O génio é a coragem. " Fernando Pessoa quando era novinho disse: "Eu serei um génio." Os que no século XX foram geniais - ,foram os que muitas vezes fizeram aquilo que foi reconhecido como experiências -limite. Quer dizer que foram até ao fim. ..." Diario de Noticias 06.08.11

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maria Filomena Monica num 31 em Agosto

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"... É tão caricato que de início julguei que era uma brincadeira! Só quando vi a fotografia dele num café em Paris, é que acreditei. Só que aquela cabeça é irreformável e o facto de alguem que foi primeiro-ministro ter explicações de filosofia para Paris é tão risível que eu nem acreditava. podia aprofundar o inglês, porque não dá para mais! É, de facto, como disse uma vez na televisão, um delinquente político, e parte do que vamos sofrer deve-se a vários governos, mas tambem ao de Sócrates. E que ele se vá pirar para Paris, acho caricato!... " Diário de Noticias 05.08.11

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Marta Crawford num 31 em Agosto

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"... Sou terrível com o ponto G; estou sempre a mandá-lo para o caixote do lixo. É mais uma das situações em que criamos um novo grau da sexualidade e do prazer feminino. É do tamanho de uma moeda de 50 escudos (dois euros) e que friccionando ou pressionando dará prazer à mulher. Há uma que se calhar têm, outras que têm vontade de urinar e outras que não lhes acontece nada. Enfim, há muita ficção à volta do ponto G e estou-me a borrifar para ele. ..." Diário de Notícias 04.08.11

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

José Luís Peixoto num 31 em Agosto

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" ... Não tenho a certeza de que os outros sejam capazes de ententer, porque os símbolos que utilizo para o dizer são meus - a linguagem é minha e a pele tambem. Eu tenho um texto em que escrevi que a pele é por excelência aquilo que é mais importante para os outros.
Se para os outros a pele é superfície, para nós é o órgão com o qual sentimos o mundo. A pele é um sentido é o tacto, e a sensibilidade tem muito a ver com a pele... " Diário de Notícias 03.08.11

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pedro Mexia num 31 em Agosto



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"... o que é mais interessante - e esse trabalho está por fazer - é saber em quem é que essas pessoas votaram. Sobretudo, os jovens que se manifestaram na rua, porque se eram também em parte contra a precariedade. Agora, falta passar aos actos para ver se isso é verdade. Dizem algumas pessoas que este Governo até seria um passo atrás em certas matérias. Vamos ver se é ou se não. Embora eu não seja um entusiasta do que aí vem, ou do que aí está ..." Diário de Noticias 02.08.11

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Daniel Sampaio num 31 em Agosto

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" ... O discurso político diz que a educação é uma prioridade, mas se rapararmos nas mensagens sobre educação, a escola e a família são raríssimos no discurso político - está completamente circunscrito ao dinheiro. E é importante, porque estamos numa situação de crise, mas é preciso falar de outras coisas: a educação, os valores da educação, do sentido do dever, do afecto, da disciplina e da responsabilidade dos estudantes. A escola não estimula a participação e a opinião dos jovens e para se alterar a educação é preciso mudar os professores, os pais e os alunos. É preciso mudar tudo ..." Diário de Noticias 01.08.11